sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Práticas de Escrita

Quem motiva quem em sala de aula? Ler e escrever, um grande prazer...


“Ensinar a ler é uma tarefa de todo professor, não sendo exclusividade do de Língua Portuguesa, quase sempre responsabilizado pela dificuldade do aluno de interpretar questões de outras disciplinas. O desconhecimento do que seja leitura e dos processos sócio-cognitivos nela envolvidos leva as pessoas a construírem um conceito limitado desta ação de linguagem.
A noção textual usualmente presente na escola, entretanto, empobrece o trabalho com a leitura/escrita, pelo fato de tratar de maneira idêntica qualquer texto, desconsiderando suas especificidades e intenções.
No ambiente escolar, o texto é abordado como um produto, ignorando-se, assim, a dinamicidade de seu processo de significação, que inclui a consideração de estruturas, de conhecimentos prévios partilhados, de múltiplos recursos semióticos, como a imagem e, ainda, as condições de produção: o contexto, os sujeitos envolvidos nessa ação de linguagem, as intenções comunicativas, o meio de circulação do texto.
Apesar do surgimento das novas teorias que sustentam a produção textual, a partir dos anos 80, a qualidade das redações dos alunos pouco alterou. Os textos continuam artificiais, padronizados, mal seqüenciados, intraduzíveis e fora de seu contexto de produção.
Para que haja mudança no quadro é necessário que o professor passe a olhar a produção escrita do aluno não atrás de erros, atentando apenas para a linearidade do texto, mas buscando ver o significado e as formas de construção desse significado.”

Honoralice de Araújo Mattos Paolinelli (UNINCOR)
Sérgio Roberto Costa(UNINCOR)

Neste espaço pretendemos discutir a questão da escrita como práxis, não só para repensar esta problemática (na escola e fora dela) mas, sobretudo, para estudar e delinear procedimentos de ação mais consistentes neste domínio, praticando práticas de escrita diversificadas e estratégias de correção e avaliação mais construtivas, que implicam na produção e no compartilhar dos materiais produzidos.
Fica, aqui um convite para que você venha experimentar esta prática, não apenas como recurso de sua aprendizagem, mas especialmente como uma contribuição para quem se interessa pela temática em questão.
Seja bem vindo!

Zilá

27 comentários:

MIRIAM HONORIO PARISI disse...

TRABALHO - HABILIDADES E PRÁTICAS DE ESCRITA

A escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação

É de conhecimento geral que a escrita em tempos de novas tecnologias, tem excluído pessoas que não dispõem do acesso a nova comunicação, tem causado impacto na sociedade atual, e além do mais, tem proporcionado novas práticas de leitura e escrita, resultando em diferentes letramentos.
Ninguém desconhece as condições desfavoráveis que vivem pessoas consideradas analfabetas. A comunicação torna-se limitada, quando não, dependente. Baseado no filme “ Os narradores de Javé”, notamos a busca de se obter a permanência de suas terras e conseqüentemente pedaços de suas vidas; no momento em que sofrem ameaças pela construção de uma Usina Hidrelétrica. A escrita, para o povoado, torna-se a “salvação “. Essa preocupação, leva os moradores do Vale de Javé, resgatarem suas histórias, memórias,lembranças.Com objetivo de se salvarem, procuram Antonio Biá, visto como esperança ,como escriba, para o povo; que sem o poder da leitura e da escrita se vêem sem saída. Entretanto, as aspirações coletivas da pequena população, são frustradas,pois os registros propriamente ditos, não são realizados.
Por outro lado, é notória a dificuldade, a exclusão, a dependência das pessoas que não manuseiam ou não dispõem do computador atualmente. A cada dia que passa, as exigências do mundo moderno tem afligido o analfabeto também digital, agravando ainda mais sua comunicação.
Ainda convém lembrar, o impacto da nova tecnologia digital na sociedade, possibilitando novas tecnologias intelectuais. Elas diferem da convivência habitual estabelecida pela leitura, segundo o texto de Magda Soares, da tecnologia quirográfica e tipográfica. Essas
novas tecnologias, ou melhor, as novas práticas de leitura e escrita propicia amplitude no conhecimento de diferentes letramentos, ou seja, o próprio leitor construindo e se apropriando do seu conhecimento .
Por tudo isso,entendemos que a escrita e a leitura, ou melhor, o letramento, proporciona ao indivíduo maiores oportunidades de vi-ver em tempos de novas tecnologias . Só nos resta esperar que novas políticas educacionais sejam implantadas, a fim de que a exclusão dos analfabetos não venham se agravar com o passar do tempo.


MIRIAM HONORIO PARISI – SALISD – RA 0813723

Fabiano Fernandes Garcez disse...

A escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação

Contar histórias é uma tradição de todos os povos, dos mais primitivos aos mais sofisticados. Com essas histórias evoca-se lembranças, exercita-se e revitaliza-se a memória pessoal e, principalmente, a coletiva. A diferença entre os povos primitivos e sofisticados não é a importância e o prazer de contar e narrar histórias, mas o seu registro. Os grandes poetas épicos como: Horácio, Virgílio, Camões, entre outros, tinham a função de coletar essas histórias e registrá-las para preservar a memória e o período histórico de seu povo e nação.
O homem sempre contou histórias, antes mesmo de poder escrevê-las, porém o confronto entre a cultura oral e a cultura da escrita também sempre aconteceu, principalmente, devido à visão preconceituosa da sociedade com práticas de escrita, desde a época da colonização, toda a produção cultural dos povos ameríndios e posteriormente africanos foram desprezadas. Em uma rápida passada pela história da humanidade, percebemos a importância do registro escrito, na história de um povo e nas relações entre povos. Antes mesmo da colonização americana pelos europeus, aconteceu o domínio dos povos bárbaros pelos gregos e romanos, e só temos acesso a essas histórias por meio dos registros escritos pelos conquistadores, que eram os povos com práticas de escrita, porém pouco se sabe sobre os derrotados que tinham pouco ou nenhum registro de sua história, cultura e sociedade.
Em sociedades predominantemente orais, sem a prática de escrita, não há a necessidade de memorização integral, exata, porque com a memória oral tem-se maior movimento, liberdade e mais possibilidades criativas para transmitir a tradição cultural e histórica, pois a oralidade permite uma releitura e um refazer constante do passado ao ponto de não separá-lo do presente.
A memória individual e coletiva perpassa pelas histórias orais, que também podem ser produzidas no campo do poder, a partir de interesses pessoais e familiares. O filme de 2003, dirigido por Eliane Caffé, Narradores de Javé, nos mostra isso: Na possibilidade de ser submerso o pequeno vilarejo de Javé pelas águas de uma represa os seus moradores se organizam para tentar salvá-lo. A salvação seria construir, já que não tinham, um patrimônio histórico, que são as narrativas orais de cada morador a respeito das origens históricas do vilarejo, porém ao tentar registrar essas histórias, o escriba Antonio Biá, vivido por José Dummont, se vê incapaz de tal tarefa, porque cada morador conta a história mítica do vilarejo segundo sua ótica, levando em consideração seus interesses, valorizando ou omitindo passagens de seus ancestrais, ou até mesmo levantando questões de legitimidade de heranças familiares. A relação do poder nos relatos orais dá-se não só por meio dos interesses, mas também em outras esferas, como por exemplo: As pessoas mais velhas querem para si o papel de guardiões da memória e história do vilarejo, outro fato importante é a seleção a partir de anseios pessoais ou coletivos de fatos que podem ou devem ser lembrados ou esquecidos.
A escrita é a linguagem do poder, é a linguagem da lei, isso também nos mostra o filme, já citado, Narradores de Javé, com a inundação do vilarejo, apenas os moradores que tinham a escritura - registro escrito de posse - de suas terras seriam indenizados, contudo nenhum morador a tinha, pois os limites de terras eram feitos por meio das divisas cantadas, ou seja, o morador recitava os limites de seu território e esses limites eram respeitados, até então não havia necessidade de uma escritura – ou um registro formal – para outorgar a posse da terra.
Assim como os limites da terra, a memória tem que ser registrada, porque o registro torna a memória histórica rígida, inflexível, imutável, mas não podendo modificar o passado, o povo acaba por distanciar-se desse passado, não se vê como um agente produtor e colaborador de sua história.
Na sociedade moderna o discurso oral tem que ser legitimado pelo registro escrito, essa legitimação dá-se não só pela legalidade do escrito, mas também pelo embelezamento e enriquecimento estético do fato: “(...) Uma coisa é o fato acontecido, outra coisa é o fato escrito, o acontecido tem que ser melhorado no escrito (...) para que o povo cria no acontecido” - palavras de Antonio Biá o escriba do vilarejo de Javé, e em outras falas de Biá: “O curvo vira corcunda”, “A história é de vocês, mas a escrita é minha”, “História muito ouvida e contada, mas nunca lida e escrita”. A supremacia da cultura escrita sobre a cultura oral dá-se pelo registro escrito, então a história de um povo ou limites de terras que não são registradas é como se não existissem.
O registro traz mudanças significativas no seu destinatário como se pode observar no depoimento da moradora de Gameleira, cidade onde foi rodado o filme Narradores de Javé, “O lixo fazia parte do nosso dia-a-dia como se fosse um vizinho e não nos incomodava, quando chegou o pessoal do filme que promoveu essa limpeza (da cidade) (...), abriu uma cortina, abriu nossa visão e fez com que percebêssemos como é importante viver em um ambiente limpo”.
O contrário também se faz presente, a falta do registro traz mudanças também significativas, nem sempre para melhor. Em depoimento Maura Maria Lopes, poetisa da Zona Norte de São Paulo, se lamenta por não saber escrever e pensa que se soubesse poderia ter uma vida melhor, poderia apresentar seus poemas em programas de televisão.
Os dias atuais trouxeram mudanças nas tecnologias da escrita para o homem moderno contar suas histórias e registrar suas terras, e o principal deles é o suporte.
O suporte da escrita moderna não é mais o papel, o códice - evolução da pedra, da argila, do papiro -, é a tela do computador e o chamado ciberespaço. Hoje, os textos não são táteis, físicos e estagnados. O computador, e principalmente a internet, traz uma nova forma de relacionamento com o texto, o hipertexto, é o texto em formato digital que agrega outras informações como outros textos, imagens ou sons, acessados por meio de palavras ou termos específicos denominados links. Diferente do papel, o qual era mensurável, palpável, era possível se marcar o início e o fim de um texto por meio de páginas numeradas, da posição, da ordem, o hipertexto é dinâmico, cabe o leitor escolher seu início e fim, o leitor pode contribuir com os textos no ato da leitura, definindo sua estrutura e seu sentido.
O hipertexto traz de volta características da cultura do texto manuscrito e, sobretudo da cultura oral, pode-se interferir, acrescentar, alterar, é um texto efêmero, transitório e pouco controlado, exatamente como visto no filme.
Muitas são as vantagens do hipertexto, por ser multilinear e de multi-seqüência trazem multiplicidade de possibilidades, de tamanho, é um texto mutável, variável, com um clique em link, - uma palavra-chave - abre-se uma outra palavra, ou um outro termo, ou um outro parágrafo e até mesmo um outro texto e assim sucessivamente. O hipertexto é semelhante aos processos cognitivos, com isso aproxima o ser humano aos seus esquemas mentais, por associações em rede.
Contudo, todas essas vantagens do hipertexto não estão ao alcance de todos, pessoas analfabetas e iletradas, ou até mesmo pessoas alfabetizadas e letradas que ainda não conseguem operar um computador, ou qualquer outro aparelho tecnológico. Em seu depoimento, Dona Maura disse ter usado apenas uma vez o computador, disse reconhecer as letras no teclado, mas não consegue gravar seus textos, nem mesmo o aparelho de telefone ela consegue operar, apesar de memorizar os números que necessita.
Conclui-se que o mesmo confronto entre o mundo oral e o mundo escrito, surge novamente com outra roupagem, o confronto entre o mundo digital e o mundo não-digital, porém a escrita, seja ela digital ou não, e a oralidade são indissociáveis, como já afirmado os poetas épicos registraram as histórias conhecidas e contadas pelo povo, e pela escrita elas ganharam contornos, correção e precisão para resistirem e existirem até hoje. Talvez em alguns anos, as histórias que o mundo terá acesso serão aquelas que foram digitadas, serão as histórias das sociedades tecnologicamente sofisticadas, enquanto as outras histórias restaram apenas na oralidade do povo até serem inundadas com as águas da tecnologia.

Fabiano Fernandes Garcez disse...

Fabiano Fernandes Garcez - RA 0813696

Unknown disse...

Priscila Aparecida Gonçalves – RA 0813589 – Turma D

A escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação

O tema “A escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação” convida-nos a levantar algumas indagações e reflexões acerca do tempo em que vivemos e de que forma esse tempo influencia nas práticas de escrita de nossa sociedade.
Estamos diante do século XXI, época marcada pela Informação e comunicação simultânea e instantânea, fortemente atrela à tecnologia (Internet, softwares, computadores de última geração, MSN, orkut, e-mail) que impõe aos sujeitos um aprimoramento no tocante a comunicação tecnológica tanto para atender às necessidades do mercado de trabalho como para se comunicar com o mundo, portanto, trata-se de uma exigência mundial.
A questão que se coloca, é de que forma uma sociedade com um índice grande de analfabetismo, no qual os sujeitos não dominam a escrita e a leitura, podem atender a uma exigência capitalista / mercadológica e incorporar o novo paradigma do conhecimento e de comunicação baseado na tecnologia ante as desigualdades sociais e econômicas que são latentes e discrepantes?
O material coletado no filme “Narradores de Javé” e a entrevista com uma moradora do bairro de São Miguel Paulista, Zona Leste de São Paulo, nos dá indicativos de como avançar na questão da educação em específico na condução de sujeitos letrados.
Tanto no filme como na entrevista, percebe-se que o não saber ler e escrever é algo que dificulta a vivencia no cotidiano e faz com que o sujeito utilize-se de estratégias para sobreviver em um mundo cheio de signos e símbolos (solicitar que um outro escreva uma carta ou perguntar aos transeuntes o itinerário do ônibus) e as dificuldades sócio-econômicas-familiares são manifestadas como fatores contribuintes para a condição de analfabetos.
Se analisarmos esse discurso, além das condições sociais desiguais que não oportuniza uma educação sem que o sujeito tenha que abrir mão desta para se sustentar há uma questão séria e problemática por trás que é a não valorização e incorporação de um projeto político educacional a nível nacional, que propicie a formação de sujeitos autônomos, críticos e letrados. Encontramos diversos documentos oficiais que indicam possibilidades para tal proposta, assim como, estudos científicos e pesquisas que nos subsidiam, mas na prática encontramos entraves seja pela falta de formação do profissional ou pelo baixo investimento na educação que deflagra uma contradição proposital da hegemonia para ludibriar.
O fato é que vivemos em uma Democracia, em que todo cidadão tem direito a educação e ao acesso a toda e qualquer informação e o grande desafio do profissional da educação é levar para dentro e fora da sala de aula a informação e disseminação do conhecimento não na mesma velocidade que a tecnologia oferece, mas manter-se atualizado e fazer uso dessa ferramenta no processo de ensino-aprendizagem.
A escola e o educador pode e deve formar cidadãos críticos, atuantes e letrados desde que todos tenham clareza do seu papel social e transformador.

Adriana Madureira disse...

A escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação

Inicialmente é preciso lembrar que a língua falada é a peça fundamental do jogo comunicativo. A partir desse elemento, criamos sua representação, a escrita que é uma forma de documentar, registrar e transcrever os fatos. De tal modo é assim que essa composição transmite todos os nossos atos.
O sistema da escrita transmite a impressão de ser um “código da oralidade”. Apesar de esse termo não ser apropriado, não é descabido, visto que por meio de símbolos gráficos, codificam-se os sons da fala: ao utilizamos as letras do alfabeto, tentamos reproduzir, por meio de convenções, o que falamos.
Sem dúvida, a escrita não é simplesmente falar com as mãos nem reproduzir no papel exatamente o que se disse, sendo, sobretudo, um mecanismo social, precioso, indispensável e essencial à sobrevivência no mundo contemporâneo. A escrita simboliza a educação, o desenvolvimento intelectual e o poder.
O processo da escrita, ao contrário da língua falada, exige de seu usuário um conhecimento lógico, com adaptação as formalidades, obediência a certos critérios, um prévio planejamento do que se quer dizer é pela escrita que o indivíduo deve ser claro e objetivo.
Esse procedimento desenvolve a consciência metalingüística, pois estabelece o conhecimento de novas estruturas sintáticas, ampliação do léxico e a fixação da língua, mas, também, escritas, as palavras não se perdem ao vento, e deste modo, às palavras permanecem além daquele momento em que foram ditas e proporcionam leitura além daquelas pessoas que a produziram. Assim, elas se mantêm por gerações e percorrem distâncias.
Ressaltando todos os conceitos já citados sobre a escrita, ao assistir o filme: Narradores de Javé e ao analisar a entrevista de Dona Maria Severina da Silva, constatamos realmente a importância desse mecanismo social.
Visto como, é neste filme que notamos a preocupação dos moradores desta cidade para deixar indícios históricos, ou seja, escritos deste lugar que será desapropriado, pois ali surgirá uma represa ou algo parecido, no qual todos os moradores terão que se mudar, mas são eles os narradores de Javé e por esse motivo devem relatar os fatos. Embora cada um deles note que tem a sua versão e o Antônio Biá, o escritor de suas narrações, não aceita, além disso, é o único que sabe escrever. Eles se questionam: como, saber o que ele escreveu? Isso os deixa indignados e revoltados por não saberem essa habilidade, também. Deste modo é essa situação que os proporcionam uma reflexão.
Prontamente na entrevista de Dona Maria Severina da Silva, notamos que a tecnologia fez com que ela simplesmente utilize apenas a língua falada no telefone, pois antigamente se preocupava em mandar cartas aos seus parentes de Pernambuco, mesmo que pedisse a alguém que lhe escrevesse, hoje liga e fala com eles.
Também notamos que ela tem vontade de escrever seu nome, destaca que é importante escrever, porque - é tão ruim depender dos outros – após a entrevista revelou que para fazer lista de supermercado e bilhete dita para seus filhos, explicou ainda que mesmo que não soubesse ler e escrever incentivava os filhos para estudar, porque não queria que eles passassem pela mesma situação, além disso, disse que conhece todas as letras, mas não sabe juntar e sua maior inquietação é não saber ler, pois necessita às vezes nas suas consultas médicas preencher fichas, ou seja, descrever seu endereço, nome dos filhos e outras descrições, ela não sabe.
Porém reconhece que tem pessoas mais novas e com estudo, que também apresentam dificuldades para com a escrita e a leitura, disse que já observou que na igreja muitos lêem pausando constantemente e não sabem pronunciar algumas palavras e muitas vezes já reparou que para preencher fichas, algumas pessoas como, agentes de saúde, carteiros, vendedores perguntam como escrever dada palavra, questiona porque isso?
Quanto à tecnologia atualmente temos internet, MP3 e outros aparelhos maravilhosos, porem para usá-los temos que ter o conhecimento básico da leitura e escrita e mesmo assim, ficamos perdidos. Atualmente para estudar, seja em escola pública ou privada os trabalhos devem ser digitados os alunos devem consultar na Internet sempre; pois a informação se renova por segundos, muitos já não estão utilizando livros como fonte do saber. Para alguns setores já estamos na era da informática um grande exemplo, nossos médicos escrevem suas receitas com uma caligrafia que ninguém consegue ler. E por esse motivo surgiu uma lei que determina receita médica redigida em computador, é a necessidade de se atualizar de estar incluído socialmente.
Portanto, o processo de escrita é padrão, pois não se modificou mesmo com o advento das novas tecnologias, pois nela implica valores, cultura, conhecimentos, comportamento que não se limitam ao uso objetivo do escrito, a inter-relação escrita-oralidadade; as demandas por habilidades cognitivas e o modo de produção atual; destaca-se então que a escrita é vital.


Adriana Madureira Costa

VALJES disse...

A escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação


Os autores nos mostram os diversos tipos de escrita desde a invenção da imprensa ao computador evidenciando as novas formas de letramento.
Certamente o uso da tecnologia é uma nova modalidade da pratica social da leitura e escrita, mas é preciso recuperar o seu significado anterior.
Também é citado no texto o domínio do saber pelos clérigos durante a Idade Média que mantinham seu poder pelo uso da leitura e escrita.
No filme narradores de Javé a necessidade da escrita se faz presente quando os moradores do vilarejo recebem ordem de desocupação para que fosse construída uma barragem no local. Os moradores não concordando em abandonar seu local de origem se reuniram para escrever um documento cientifico sobre a historia de Javé, teriam que transformar a história oral em escrita. Os moradores de Javé não sabiam ler e escrever e não confiavam no único morador que era alfabetizado.
Durante a entrevista dona Maria nos diz que antigamente quando queria comunicar-se com alguém pedia aos filhos ou a alguém próximo para escrever as cartas que mandava e ler as que recebia.
Atualmente se comunica por telefone e segundo ela “é a melhor coisa que o homem já inventou.” essa tecnologia facilitou muito a sua comunicação principalmente com os parentes que moram longe. Mas ainda a leitura e a escrita faz muita falta para ela, seu maior sonho é ler e escrever e gostaria principalmente de ler a Bíblia, pois nunca foi à escola.
No texto ambos os autores dizem que indivíduos que dominam o uso da leitura e da escrita tem habilidades e atitudes necessárias para uma participação ativa e competente em situação em que essas praticas de leitura e escrita tem uma função essencial mantêm com os outros e o mundo que os cerca formas de interação, atitudes competências discursivas e cognitivas que lhes conferem um determinado e diferenciado estado ou condição de inserção em uma sociedade letrada.
Assim como a imprensa revolucionou as praticas sociais de leitura e escrita modificou também o letramento e o mesmo está acontecendo com as novas tecnologias.

val turma D 0813672

Alessandra Ferreira disse...

A ESCRITA EM TEMPOS DE NOVAS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO


A comunicação é um dos principais meios de estabelecer relações e contato entre as pessoas, esse ato pode ocorrer por meio dos diferentes tipos de linguagens oral, escrita, gestual entre outras.
A linguagem oral é muito utilizada pela maioria das pessoas e é também considerada mais fácil por acreditarem não ser necessário se restringir a regras. A escrita é usada, porém não é tão bem aceita ou requisitada, pois muitos acreditam ser difícil ou desnecessária. Muitas pessoas utilizam telefones e outros meios de comunicação que não sejam a escrita, com isso a escrita que já é algo não tão prazeroso para alguns fica cada vez mais inusitada e difícil a todos.
A comunicação tem sofrido inúmeras mudanças, pois muitas pessoas modificaram as maneiras pelas quais se comunicam, isto é, não se comunicam como faziam antes.
Antigamente as pessoas utilizavam meios os quais não são mais utilizados assim como a carta e o telegrama que antes eram algo muito comum e necessário, até mesmo aos analfabetos que se utilizavam da carta manuscrita para se comunicarem com outras pessoas.
Eles ditavam as idéias e os assuntos que queriam transmitir, a alguém que redigisse em cartas tais idéias ou conteúdos, logo após os “escritores” liam para quem ditava para verificar se era aquilo mesmo que se queria transmitir por meio da carta ou do telegrama.
Atualmente este contato ocorre de maneira mais rápida e prática, pois as pessoas analfabetas não fazem mais o uso de cartas e se comunicam por meio da oralidade, ou seja, utilizam o telefone, estas mesmas pessoas não necessitam da ajuda de alguém alfabetizado para escrever suas idéias em um papel.
Com isso a comunicação se torna algo mais rápido e fácil visto que não necessita de um mediador para realizar a comunicação. Muitas pessoas analfabetas têm contato com pessoas que utilizam a tecnologia da internet e também fazem o uso desse meio, é claro auxiliado pelos usuários da internet. Assim a comunicação se torna muito mais instantânea e até prazerosa, pois não há a necessidade de se aguardar tanto tempo por uma resposta como era feito com as cartas manuscritas.
Mas esta prática de oralidade feita pelo telefone não se restringe somente aos analfabetos, pois até mesmo as pessoas alfabetizadas fazem uso constante de telefone para se comunicar.
Com o advento das novas tecnologias da comunicação sejam elas telefonia ou internet, as mudanças são notáveis e benéficas, não somente a uma parte marginalizada, mas a toda a população que faz uso da comunicação seja escrita ou oral, porém essencial para a vida em sociedade.

Alessandra Ap. Ferreira 0813684 turma D

Alexandra Santana disse...

Acho os comentários muito pertinentes. Ressaltam a importância da escrita na sociedade de maneira geral.

Alexandra Santana disse...

A Escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação

É perceptível em nosso dia-a-dia o desenvolvimento do avanço tecnológico em todas as áreas. E como não podia ser diferente, a área educacional também é “afetada” pela tecnologia. Digo afetada porque ao mesmo tempo que a tecnologia torna as pessoas aceitáveis, grandiosas e satisfeitas, ela exclui.
Pode-se perceber que a escrita tem mudado, e muito, nas últimas décadas. Novas palavras são criadas a todo momento, e tornam-se legítimas por seu uso. Este processo constrói uma atmosfera de mudanças constantes que nem todas as pessoas acompanham, caracterizando, dessa forma, a exclusão.
O que vemos constantemente é um rótulo que há muito se fixa em nossa sociedade, o do analfabetismo. Trata-se de uma questão social, mas principalmente cultural que se instalou nas raízes de nossa colonização e está presente até hoje.
Nosso século é marcado por transformações sociais, culturais e tecnológicas que exigem pessoas alfabetizadas e letradas. Saber ler e escrever o próprio nome somente, já não é uma condição aceitável para contribuir significativamente no cotidiano em sociedade. É preciso muito mais. As necessidades que nos cercam já não as mesmas há muito tempo.
Participar ativamente de uma comunidade exige estruturas bem elaboradas de organização, participação, ou seja, saúde mental. As sociedades têm suas regras e condições de funcionamento baseadas na escrita. É preciso registrar tudo a todo momento. Não se permite mais pessoas alienadas.
O papel das instituições educacionais nesse processo é fundamental, uma vez que busquem a formação de cidadãos críticos, seletivos e participantes.
A escrita é fundamental porque transcende. O filme 'Narradores de Javé' mostra nitidamente a preocupação em deixar sua história escrita para a posteridade. É preciso transcender. E isso só será possível através da escrita, como é até hoje. Os antepassados se esforçaram para deixar marcas de existência e a partir do surgimento da escrita isso tornou-se possível.
Através da entrevista e de algumas conversas informais com pessoas que, infelizmente, ainda não foram alfabetizadas, pude perceber que ninguém mais escreve cartas. A simplicidade das coisas do mundo foi substituída pelo avanço tecnológico que , muitas vezes acelera processos e torna o mundo cada vez mais agitado e menos humano.
Sem dúvida nenhuma as novas tecnologias ajudam a registrar dados e informações que surgem a todo momento, mas é importante não esquecer que antes de mostrar as informaçoes para o mundo, é preciso escrevê-las. É preciso ressaltar a importância de escrever e escrever bem, e ter prazer em escrever.
Alexandra Santana Afonso – RA: 0813658 – Turma D.

Maura Caldeira disse...

A escrita em tempos de novas tecnologias

Nas sociedades letradas, qualquer que seja o campo de atuação do indivíduo, a necessidade de leitura e da escrita é cada vez maior. Essa é ainda mais contundente no que diz respeito á leitura, já que estamos imersos num universo de mensagens escritas: os letreiros de ônibus, as placas de rua, os folhetos de propaganda, os cartazes, os impostos e demais contas-com que nos defrontamos a todo momento-, os jornais os manuais de instrução, a internet, os textos dos livros didáticos etc. Saber ler, portanto, é indispensável para efetiva inserção do indivíduo na sociedade.
Consideramos que ler não se refere ao simples ato de decifrar o código escrito, nem de apenas saber localizar e repetir conteúdos específicos de um texto, numa leitura linear e literal. É importante destacar essa idéia, pois durante muito tempo se acreditou que bastava estar alfabetizado ou ser capaz de repetir o que estava escrito para se compreender qualquer texto. Hoje sabemos que um bom leitor é aquele que sabe utilizar procedimentos de leitura, de modo de modo a reconstruir os sentidos do texto, dialogar com ele, concordar, discordar etc.
No caso do filme “Os moradores de Javé” os moradores sentem a falta de todo esse conhecimento quando se vêem ameaçados pela construção de uma barragem que pode vir a destruir a cidade e se vêem nas mãos do escriba Antônio Biá que é o único morador da cidade que detém o poder da escrita, pois eles contam suas histórias, porém, ele as conta à sua maneira .
No tempo das cavernas, os homens já tinham o hábito de senta-se em volta de uma fogueira e contar para os demais o que lhes tinha acontecido durante o tempo em que estiveram fora caçando. Provavelmente já naquela época, enfeitavam um pouco suas histórias, mostrando como eram corajosos e quantos perigos tinham enfrentado. Aos poucos, eles acharam que contar só para as pessoas de seu convívio era pouco, sendo preciso registrar essas histórias, para que as gerações futuras também soubessem o que lhes tinha acontecido. Então eles passaram a gravar suas aventura nas paredes das cavernas. Narrar tornou-se assim uma forma de sobreviver.
Ainda hoje as narrativas estão bem próximas da vivência cotidiana e as pessoas têm fome de narrativa, tanto que a procuram nas novelas, filmes, seriados de televisão, nos livros, gibis e no cinema.
Mesmo que a situação contada não seja verdadeira, é preciso se fazer acreditar e era isso que os moradores de Javé precisavam fazer para salvar a cidade.
Nos últimos anos, a língua escrita desenvolveu novas estratégias de comunicação devido ao amplo uso da internet com um vasto ciberespaço, a linguagem utilizada nas conversas virtuais tem levado as pessoas a empregarem uma forma especial de comunicação e escrita. Agora temos vários tipos de texto em vários formatos e informações diversas a cada momento que abre um leque de opções para o usuário letrado e alfabetizado, em contra partida toda essa tecnologia que para muitos é maravilhosa, para as pessoas que são analfabetas é mais uma dificuldade em sua vida, é o caso de dona Nicássia moradora do bairro do Jaraguá que não sabe ler nem escrever, conhece apenas as letras, porém não consegue juntá-las, ela tem dificuldade para executar até mesmo as simples tarefas do cotidiano como consultar preços no supermercado, comparar produtos, guiando-se pela embalagem. Quando necessita locomover-se e utilizar algum tipo de transporte público também se guia pelos números e cores ou da ajuda de transeuntes. Outra dificuldade que a incomoda é não poder escrever nem ler as cartas dos parentes que moram em Minas Gerais. O que a conforta é poder manter contato por telefone. Dona Nicassia sente tristeza por não saber ler nem escrever e gostaria de aprender um dia.
Infelizmente no Brasil existe muita dona Nicassia apesar de todo cidadão ter direito a educação, porém, não é isso que acontece na prática porque nem todo tem oportunidade ou muitas vezes sentem vergonha de ir à escola por achar que não tem mais idade ou de não serem aceitos pelo grupo que muitas vezes ao invés de ajudar os excluem.
Esse tipo de situação torna a pessoa frustrada e com sensação de incapacidade.

Maria Maura Lima da Silva Caldeira -0813715 Turma D

Cristiane "hornos" disse...

A realidade social, conseqüente da industrialização e da urbanização crescente, a expansão dos meios de comunicação eletrônico e da incorporação de contigente cada vez maiores impoem novas demandas, necessidades e uma enorme ampliação na utilização da leitura e escrita, tornando anacrônicos os métodos e conteúdos tradicionais.As condições de participação social é dada através do domínio da linguagem. Pela linguagem o indivíduo se comunica, têm acesso a informação, expressam e defendem pontos de vista, partilham visões de mundo, produzem cultura, realizam práticas sociais existentes nos diferentes grupos de uma sociedade, nos distintos momentos de sua história.O filme Narradores de Javé, dirigido por Eliane Caffé, nos mostra isso: A falta do registro tras mudanças significativas, quando moradores de Javé se organizam para tentar salvar o vilarejo de uma construção da Usina Hidrelétrica percebem que a escrita torna-se a solução do problema, com o resgate da sua história. A linguagem amplia as possibilidades de participação social no exercício da cidadania. Considerando-se que, principalmente para os adolescentes, a necessidade fundamenal é a reconstrução de sua identidade na direção da construção de sua autonomia e que , para tanto é indispensável a aquisição da leitura e da escrita. A afirmação de que a imagem substituiria a escrita é real, o desenvolvimento tecnológico tornou possível aproximar os lugares mais distantes com um simples apertar de um botão, dando a impressão de que a leitura e a escrita estavam com os contatos, porque a mídia que aumenta o números de espectadores, diminui o número de leitores.A tela do computador é o suporte da escrita moderna, o papel deixou de ter o seu "papel". O hipertexto com seu formato digital que comporta uma variedade de informações nos proporcionando um novo relacionamento com texto. Agora cabe a cada um de nós , leitores, selecionarmos o que consideramos de melhor qualidade. Porém não há como negar que as novas tecnologias da informação cumprem cada vez mais o papel de mediar o que acontece no mundo "editando" a realidade.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

A escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação

A aceleração tecnológica do fim do século passado e mais ainda, deste início de século, vem alterando a nossa concepção sobre a escrita, pois a mesma sempre foi vista como algo fixo, concreto, tátil, com inicio, meio e fim delimitados, mas atualmente com o advento da internet e suas mutações frenéticas temos novas formas de ‘ver’ a escrita, como exemplo, o chamado hipertexto, que tem como característica básica a dinamicidade. Este recurso é acessado por meio de links que nos trazem novas informações, desde imagens, sons e até mesmo novos textos, impossibilitando assim que o leitor visualize de forma concreta toda a extensão textual, visto que a cada momento ele se reestrutura com o surgimento de um novo texto, ou seja, o seu fim só será delimitado segundo o desejo e vontade do próprio leitor.
Nestes tempos em que as novas tecnologias estão mais presentes que nunca e em todos os lugares (ônibus, documentos que possuem assinatura eletrônica, e-mail, telefones, Orkut etc), temos ainda um número muito grande de pessoas que são excluídas deste ciclo de comunicação por não terem o domínio das novas ferramentas tecnológicas existentes. Pessoas que muitas vezes são alfabetizadas ou letradas, mas que não dominam o uso de determinados aparelhos eletrônicos, os chamados analfabetos funcionais. Temos ainda os analfabetos que não dominam se quer o código escrito, como nos relata a Sra. Estelita, nascida na região nordeste do Brasil e moradora da Zona Leste de São Paulo, que diz sentir falta da escrita em todos os momentos de sua vida, pois a mesma encontra-se presente em todos os lugares a sua volta e lhe é de extrema necessidade.
Aqui também temos presente à relação de dependência existente entre os alfabetizados e os não-alfabetizados. Bem como no filme “Narradores de Javé”, onde os moradores deste pequeno vilarejo se vêem de uma hora para outra totalmente dependentes da escrita e do ‘escriba’, Antônio Biá, para registrar suas histórias orais e quem sabe assim salvar suas terras da invasão das águas, o relato da Sra. Estelita nos mostra a dependência que a falta da escrita gera naqueles que não a possuem, pois para se comunicar com parentes ou amigos distantes a mesma dependia, anteriormente, da bondade de alguém para transmitir seus recados orais ou para redigir suas cartas e enviá-las. Atualmente ela já não enfrenta mais a mesma dificuldade devido à comodidade propiciada pelo telefone.
Está vinculação, entre detentores e não detentores da escrita deixam evidente a questão de poder e supremacia que a citada exerce sobre aqueles que não a possuem. Desde os tempos mais remotos o código escrito vem sendo utilizado como instrumento de dominação e subserviência. Na história esta questão torna-se evidente a todo o momento, pois todos os registros existentes mostram a conquista pelo ponto de vista do dominador e nunca do dominado, prática esta que é predominante até os dias atuais, em que os arquivos de nossa memória são moldados ao bel prazer da classe dominante e os textos que chegam até nós expressão a vontade e visão de uma determinada categoria social. Os meios de comunicação, que pertencem a estas classes sociais, exibem e arquivam a história ou os fatos do ângulo que melhor lhes cabem ou lhes são convenientes, garantindo assim que a história seja construída e manipulada a sua vontade, visto que, a memória é algo traiçoeiro, passível de falhas e necessita de constante revisitação aos arquivos para tornar-se presente.

Jeane Freire - RA: 0813702

Teresa Moraes disse...

A escrita em tempos de novas tecnologias

Vivemos em uma sociedade que sofre constantes mudanças tecnológicas.A escrita foi de fato a primeira tecnologia que permitiu essa inovação, é uma tecnologia que nos permite, num primeiro momento, registrar a fala, para que outros possam receber as palavras que distância ou o tempo os impede de escutar.
Podemos enfatizar que antigamente a sociedade era predominantemente oral,ou seja, qualquer acontecimento era guardado na memória e depois contados oralmente.Já nos dias atuais nos deparamos com uma sociedade que faz uso da escrita . Esta representou o passo tecnológico mais significativo para o ser humano.A escrita é um bem social indispensável para enfrentar o dia-a-dia,atualmente.Todos os povos tiveram a tradição oral,mas poucos tiveram ou têm a tradição escrita.
O homem só troca conhecimentos através da interação com o outro,como: falar, ouvir,ver,ler e depois construir a idéia para escrever.Escrever é transcrever a fala.
Atualmente,nos deparamos com um novo espaço de escrita: a tela do computador.Essa escrita na tela do computador é diferente da escrita no papel,pois na tela não precisamos seguir ordem de começo,meio ou fim.O leitor escolhe por onde quer iniciar a leitura,possibilitando inúmeras leituras.Já na escrita no papel lemos linearmente,sequencialmente .Com isso,notamos que a tela do computador como espaço de escrita nos traz novas informações,além de novas formas de conhecimentos e pensamentos.
A partir da entrevista feita com a senhora “Cleide”,podemos observar que mesmo não tendo domínio da leitura e escrita ,ela se corresponde com o outro através da oralidade.Ela nos relatou que a escrita faz falta em algumas situações como; ir ao banco,ler o itinerário dos ônibus,mas que a maioria das vezes ela consegue manter sua vida social ,valendo-se da oralidade.Diante das pesquisas e leituras feitas notamos que ela é uma pessoa letrada e não alfabetizada.
Em relação ao filme “Narradores de Javé” a escrita fez falta no momento em que a população necessitava de algo escrito ,registrado para confirmar a posse de suas terras.Mas a única prova que tinham eram relatos orais e não escritos.
Podemos então concluir que embora a tecnologia está para nos aperfeiçoar,ajudar é indispensável partirmos da oralidade para a escrita no papel .

Cirlene Crla da Silva disse...

CIRLENE CARLA DA SILVA – TURMA D – RA 0813704

A ESCRITA EM TEMPOS DE NOVAS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO

Já imaginou uma sociedade em que não haja uma língua como modo de comunicação? Como seria uma sociedade sem linguagem? Evidentemente, não haveria escrita nem outras formas de comunicação pela palavra. Nossos recursos de aprendizado seriam muito restritos e toda história desapareceria.
É impossível pensar na vida social sem a existência de um idioma: onde houver sociedade humana, haverá língua. É o instrumento que nos liga, através do tempo, aos nossos antepassados e ao futuro. A língua que falamos é um bem que pertence a todos. É útil e necessária ao homem.
Mas como todos já sabem as palavras que não são registradas com o passar do tempo elas perdem o seu valor e entram no mundo do esquecimento. A escrita é uma forma de comprovar a veracidade, o conhecimento, o modo de ser, de agir e de pensar do indivíduo, pois através dela foi possível registrar a variação da língua e a eternizar a passagem do homem pelo mundo. Podemos afirmar que a linguagem escrita é especial, porque permite que a vida que levamos hoje seja conhecida pelas gerações que virão depois de nós.
A escrita em tempos de novas tecnologias exclui pessoas que não dispõem do acesso a nova comunicação, causa impacto na sociedade atual, e além do mais, proporciona novas práticas de leitura e escrita, resultando em diferentes letramentos.
Tanto no filme “Narradores de Javé”, quanto na população desprovida da linguagem escrita, as práticas orais representa as experiências vividas dos seres humanos, na qual as origens das narrativas se reportam a uma época em que o saber era basicamente veiculado através da oralidade.
Os excluídos da prática escrita, como o entrevistado senhor Juventino Ernesto dos Santos, sentem imensa diferença e dificuldade de participar ativamente da sociedade letrada, pois não conseguem acompanhar a transformação e a evolução das tecnologias. Os tornando quase que incapazes de lutar pelos seus direitos.
Vivemos em uma sociedade letrada, na qual nossa vida se organiza em torno da escrita, e as práticas de leitura e escrita estão presentes em todos os espaços, a todo momento, cumprindo diferentes funções.

Margarida disse...

Daisy Cristina


A escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação


Desde o seu surgimento a escrita tem passado por várias mudanças até os dias de hoje e a comunicação não é diferente da escrita, perpassa pela oralidade até hoje com suas praticidades como celulares moderníssimos, computadores e todos seus particulares que tem proporcionado uma comunicação rápida, atualizada com retorno instantâneo, e em tempo real, muito diferente de anos atrás.
A diferença entre escrita e oralidade é que a palavra já não tem tanto poder, hoje para se fechar contratos, acordos, etc. faz-se valer da escrita, o que antigamente não precisava, mas a escrita surgiu e hoje é lei.
A escrita, então não está fora dessas novas tecnologias não! O que está acontecendo é que pessoas não estão usando, se beneficiando dessas novas tecnologias. Por quê?
Umas porque não sabem usar, não acompanharam a evolução da escrita para os meios eletroeletrônicos (computadores, celulares, ipod), são chamadas analfabetas digitais, chegam a ter medo e consequentemente tem dificuldades para usar caixas eletrônicos, urnas, precisando sempre de uma pessoa para as auxiliar.
Outras por não saberem ler e escrever, não estão fazendo uso dessas tecnologias da comunicação, porque para essas pessoas a comunicação só acontece oralmente, ou por meio de imagens/figuras, ou até mesmo ao memorizarem a cor do ônibus, número, o mesmo local do embarque e desembarque, enfim, ela tem criado meios para sobreviver em um mundo de tantas tecnologias novas, mas afirmam que é difícil não saber ler e escrever, dão um valor imenso, admiram quem sabe ler e escrever e gostariam de aprender.

Unknown disse...

A escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação


“Se a palavra é ação e se a palavra escrita organiza, ordena e arresta o pensamento, em que medida a cultura escrita esteve presente na construção da realidade histórica?” (Justino Magalhães)


A invenção da escrita pode ser considerada a maior conquista da humanidade, pois marca a passagem da pré-história para a história. Seu desenvolvimento não foi linear e deu-se de forma independente durante várias gerações e num longo período de tempo; novas formas emergiram e cresceram com aquelas já existentes. Foram os sumérios, por volta de 3000 a.C. que fizeram da escrita um sistema no qual o signo representa a palavra, estabelecendo relação com a linguagem oral. Restrita a poucos, difundiu-se pelas necessidades, principalmente econômicas, impostas pela Revolução Industrial.

Com a escrita mudaram as relações entre os homens e a memória social. Nas sociedades orais a tradição é transmitida através da comunicação pessoal, de geração para geração e com os elementos constitutivos do momento em que vivem. Com a introdução da escrita, os sujeitos puderam projetar no papel sua visão de mundo, sua cultura, seus sentimentos e vivências. O saber, que era condicionado pela subjetividade da oralidade se tornou objetivo e possível de ser compartilhado sem que autor e leitor participassem do mesmo contexto.

A escrita é uma prática social relacionada com o tempo, o lugar e as conformações sociais de determinados grupos. Só faz sentido para quem dela necessita para viver melhor, com mais facilidade ou como possibilidade de crescimento pessoal.

História e memória são construções sociais. No filme “Os narradores de Javé”, história e memória foram resgatadas na tentativa de preservar o lugar em que viviam seus habitantes, comprovando que também eles, o povo do Vale de Javé, tinha um patrimônio histórico. Suas histórias, se escritas, materializadas, poderiam ser reconhecidas como tal, evitando assim sua destruição. E a quem recorrer? Ao único morador que, valendo-se do poder que a escrita lhe conferia no momento, aproveita-se da condição de “escritor” e apressa-se a fazer pedidos aos que, ansiosos por deixar registradas suas memórias, cedem aos seus caprichos.

A evolução das novas tecnologias centradas na cibercultura está promovendo um novo tipo de letramento: diferentes tecnologias, diferentes espaços e mecanismos de produção, reprodução e difusão da escrita produzem diferentes efeitos cognitivos, culturais e sociais, em função dos contextos de interação com a palavra escrita ou em função de novas formas de interação com o mundo, exigindo novas práticas e habilidades de leitura e escrita. Diferentes letramentos ao longo do tempo e diferentes letramentos no nosso tempo: o letramento na cibercultura conduz a um estado ou condição diferente daquele a que conduzem as práticas de leitura e de escrita quirográficas e tipográficas, o letramento na cultura do papel.

Para Pierre Lévy o advento da Internet revolucionou a forma de pensar, de comunicar e de relacionamento entre os homens. Assim como a escrita no papel marcou a civilização por modificar as relações entre os homens, a Internet também é um marco na história da humanidade. O autor inclui as tecnologias de escrita entre as tecnologias intelectuais, pois geram estilos de pensamento diferentes e que não determinam, mas condicionam processos cognitivos diferentes.

O suporte da escrita não é mais o papel, mas a tela do computador. Com o computador e a Internet chegamos ao hipertexto. O hipertexto, “um texto móvel, caleidoscópio, que apresenta suas facetas, gira, dobra-se e desdobra-se à vontade frente ao leitor”, traz de volta características da cultura do texto manuscrito, sobretudo da cultura oral, pois podemos nele intervir, modificar.

Mas a base das mudanças da cultura contemporânea não está na tecnologia em si, e sim na forma como o acesso e a relação com o conhecimento se transformam a partir dela. A escrita continua sendo a invenção básica para o acesso ao conhecimento, não importando se ela se realiza através de manuscritos, materiais tipográficos ou computador. Importa é saber como se dará o acesso a essa nova modalidade de escrita, de como esse saber se disporá para todos, saldando uma dívida social que temos ainda para com muitos brasileiros que estão na condição de analfabetos ou de analfabetos funcionais.

E para complementar....
http://br.youtube.com/watch?v=OTaKG1gKo4I&feature=related


Aluna: Ana Julia Fagá de Almeida – RA 0813697

Unknown disse...

A escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação


No decorrer da história vemos que a escrita teve e têm um papel fundamental nas vidas das pessoas, aquelas que não têm o domínio da escrita e da leitura desenvolvem mecanismos próprios para se incluírem em uma sociedade gráfica.
A linguagem escrita é importante desde as primeiras civilizações com a escrita cuneiforme através dos sumérios no qual gravavam figuras sobre tábuas de argila utilizando-se de estilete. Algumas tribos nômades no Egito faziam os seus registros na história através de desenhos privilegiando assim os faraós, pessoas importantes para o povo e automaticamente para a história.
Embora a escrita neste tempo fosse demasiadamente primitiva deixou registro que perpetuaram e marcaram a cultura de um povo, da mesma forma a linguagem oral também teve um grande papel na transmissão de conhecimentos e práticas próprias de um povo.
No filme Narradores de Javé, percebemos a importância da cultura oral, pois as terras são divididas não por demarcações geográficas e sim “cantadas” alguém simplesmente dizia quais as partes da terra que o pertencia e esta parte era respeitada por todos, sem nenhum registro escrito. Assim viveram durante anos sem a necessidade da escrita e quando precisaram dela recorreram a alguém que a dominasse, o interessante é que mesmo sem o domínio da escrita desenvolviam maneiras próprias de leitura. A cultura escrita é valorizada quando o registro é para ser levado além dos limites territoriais, a oralidade se perde no decorrer dos tempos a partir do momento em que cada narrador tem a liberdade de valorizar o próprio ponto de vista, e no filme isto fica muito claro quando percebemos que todos tinham uma ligação direta com o fundador da cidade de Javé só que os heróis não eram os mesmos. Antônio Biá tem uma importante função a ser desempenhada, registrar a história de um povo de muitas maneiras possíveis, ficando assim impossibilitado de fazer o registro da mesma, pois considerou que qualquer registro no papel seria insuficiente para descrever a grandeza de um povo e que só eles o podiam fazer.
E foi isso foi observado na entrevista com o Sr. Eliano que desenvolveu técnicas de leitura mesmo não sendo alfabetizado, mas segundo Magda Soares alguém letrado “letramento são as práticas sociais de leitura e de escrita, para além da aquisição do sistema de escrita, ou seja, para além da alfabetização”. Embora os alfabetizados e letrados como diz o texto tenham dificuldade de entender o universo que os não alfabetizados utilizam na leitura é interessante observar que conseguem fazer cálculos mentais, fazer leitura de faixa de ônibus, indicar a um cliente qual o melhor produto a comprar seja tinta, cerâmicas ou produtos no supermercado. E tudo isso é desenvolvido no decorrer do tempo, e é assim também que Emilia Ferreiro diz que acontece a alfabetização e porque não o letramento é um processo que não esta limitado a um período dentro da sala de aula, mas um processo que perpetua por toda a vida “considero a alfabetização não um estado, mas um processo. Ele tem início bem cedo e não termina nunca. Nós não somos igualmente alfabetizados para qualquer situação de uso da língua escrita. Temos mais facilidade para ler determinados textos e evitamos outros. O conceito também muda de acordo com as épocas, as culturas e a chegada da tecnologia.”

Marlene Sampaio - R.A: 0813685

Joziane disse...

A escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação

O homem sempre sentiu a necessidade de comunicar-se, comprova-se pelas histórias da mitologia, na Bíblia com Adão e Eva, de uma forma ou de outra o homem sempre estabeleceu contato, por mais que esteja isolado, se torna compartilhador de suas idéias, sentimentos, frustrações e aspirações...seja com seres inanimados, ou com papel e caneta.
O certo é o homem sempre encontra uma maneira de sobreviver, outrora se valendo de um escriba como visto no filme “Central do Brasil”, ou falando ao telefone. Com as descobertas das novas tecnologias o mundo das comunicações tornou-se mais acessível. Hoje as pessoas que não dominam a escrita comunicam-se por telefone. A carta manuscrita que já foi tão utilizada, torna-se cada vez menos freqüente.
O mundo da informática fez uma revolução no sistema de comunicação: agilizou e facilitou a vida das pessoas, tornou o mundo mais pratico e confortável. Antes demorava no mínimo 45 dias para obter resposta de uma solicitação feita a outro país, hoje em minutos conseguimos falar com qualquer lugar do mundo por meio da internet. Com o surgimento da internet houve uma preocupação: achava-se que as pessoas iriam deixar de escrever, ocorreu o contrário, as pessoas escrevem com mais freqüência, pois a maior parte das pessoas faz o uso da internet.
A escrita é símbolo de poder e o possuidor desse poder torna-se livre, confirmação desse silogismo é a manipulação exercida sobre as pessoas que não sabem ler nem escrever, são como marionetes. Qualquer coisa que lhe digam são verdades absolutas, nos séculos passados aquele que sabia ler e escrever era comparado a um deus. Com tudo hoje se enfrenta um problema tão ou mais grave que o analfabetismo, do que adianta saber ler e escrever e não se apropriar dessas ferramentas.


Joziane Silva Cavalcante – R.A:0813703

Unknown disse...

A escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação

Já desde os antigos primórdios, se fazia e se faz necessário a comunicação, até mesmo por questão de sobrevivência. Ainda que em forma de desenhos e grunhidos sonoros, a leitura e a escrita se complementavam.
Com o passar dos tempos houve grandes avanços nestas comunicações. Os desenhos e os grunhidos deram margem à fala e a escrita e esta se faz presente até os dias atuais. Na entrevista concedida pelo jovem Ronaldo Stróbio da Mota, morador de Barueri, o mesmo descreve que gosta muito de ler e escrever, porém se desmembrar seu próprio nome não compreende sequer uma palavra ou letra. A escola acredita muitas vezes num trabalho num trabalho sério do professor-educador, mas será que está seriedade parte de um todo?
Diante do material apresentado pelo entrevistado pode ser observada a grande quantidade de conteúdo, porém ao ser questionado sobre este conteúdo, total silêncio se apresentou. Partindo deste pressuposto, que adianta um caderno repleto de letras, palavras, numerais sem entendimento e compreensão dos mesmos. O filme “Narradores de Javé” retrata a inocência de um povo aldeão que descobre ter um histórico de vida importante, porém não conseguem escrever suas próprias histórias. Estes escolhem um narrador-escriba que, no entanto, acaba por efetivar tumultuo e desordem no meio do povo. Aquelas pessoas tinham sonhos, assim como o jovem entrevistado que sonha em aprender a dirigir, ter uma família e um bom emprego, ao mesmo tempo que sonha, contradiz, devido sua realidade, que é nunca ter saído da primeira série e também nunca ter aprendido a ler e escrever sozinho. Diante do caos, apresentado neste texto, fica uma dúvida de quem é a culpa?
Com a nova roupagem, que é alfabetizar/Letrando, aguarda-se melhores diagnósticos no campo educacional, e quem sabe, os próximos Ronaldos, Marias etc, não consigam ser mais bem atendidos.

Jucilene, RA: 0813722 Turma D

Unknown disse...

A escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação

Sabemos que a escrita vem sofrendo transformações constantes ao longo dos tempos até os dias de hoje. Antigamente o que mais predominava era a oralidade, pois os povos tinham como tradição a contação de histórias. Os relatos eram transmitidos dos mais velhos para os mais novos, e assim sucessivamente. A revolução da escrita com Gutemberg trouxe uma modificação significativa em relação às práticas sociais e individuais de leitura e escrita. Nos dias atuais nos deparamos com a verdadeira evolução da escrita; "as novas tecnologias da comunicação", que chegam numa velocidade impressionante como um trator esmagando a grande massa. Pois ao mesmo tempo que traz a modernidade, exclui aqueles que não se adaptam a ela. E não são só os analfabetos, muitas pessoas que mesmo sabendo ler, sofrem com a falta de acesso ou dificuldade em utilizar uma internet, caixa eletrônico, etc. Segundo Magda Soares, essas são as tecnologias digitais, de comunicação eletrônica, bem diferente das quirográficas e tipográficas. A tela do computador se tornou uma ferramenta indispensável para a liberdade e praticidade da leitura. Na tela não é necessário ler linearmente como num livro, basta um clique, pode-se começar pelo meio, não tem uma sequência. O que possibilita ler várias coisas ao mesmo tempo, e ampliar os conhecimentos.
Em relação ao depoimento de dona Regina, pude notar que apesar de ser uma pessoa não alfabetizada, ela é uma pessoa letrada. Ela disse que sai para vários lugares sozinha,faz compras, quando precisa pegar ônibus olha pelo número ou pede informação pra alguém ou o motorista. "Quem tem boca vai à Roma". Me informou que sente muita falta da escrita, pois gostaria de poder ligar a TV, o vídeo e mecher no computador sem a ajuda dos netos. E que não estudou por que os pais não deixaram.
Já no filme "Narradores de Javé", notamos que a escrita faz falta no momento em que a sociedade precisa de um documento ou registro que comprove a posse das terras. Ali eles percebem que os relatos orais não lhe valem da nada, e se tornam dependentes da escrita, mais precisamente de Antônio Biá. "As palvram vão embora, a escrita não".Um contraste em relação a oralidade de dona Regina.
Ana Rosa RA: 0813698

Unknown disse...

Nome: Fernanda Aleixo de Oliveira RA 0813721
Curso: Alfabetização e Letramento.
Tema: A Escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação.
O artigo novas praticas de leitura e escrita na cibercultura, aborda sobre conceito de letramento, confrontando a tecnologia. Sabemos que letrar significa ir além das palavras, compreender e interpretar o mundo, ou seja, o “letramento focaliza os aspectos sócio-historico da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade”. Pensando a escrita em tempos de novas tecnologias em especifico o computador temos grandes mudanças na forma de pensar ou aprender em relação à escrita. Através dessa nova tecnologia o ato mecânico de digitar um texto tende a acompanhar a criação e a elaboração deste mesmo texto acrescentando, interrompendo ou eliminando frases num ritmo muito próximo ao ritmo do ato de pensar, bem diferente da Idade Média que era manuscrito. “No texto eletrônico, a distancia entre autor e leitor se reduz, porque o leitor se torna, ele também, autor, já no texto impresso e grande a distancia entre autor e leitor”, sendo o texto eletrônico uma escrita mais social e compartilhada.
Já no filme narradores de Javé ressalta a oralidade através dos contadores de historias e sua luta e dificuldade com a escrita, de registrar os acontecimentos dessa maravilhosa terra, surgindo essa necessidades de usar a escrita para salvar a terra de uma ameaça concreta de inundação, tendo dificuldade de colocar no papel a historia e memória do povo, pois a escrita e universal, porém com características pessoais.
Com relação à escrita indicada nesses dois textos citados, percebi que a escrita para a entrevista dona Ruthi de 79 anos, não tinha muito valor em seu meio social - família, como no inicio no filme narradores de javé, tornou-se importante a partir de sua necessidade. A entrevistada estudou até o quarto ano e parou para cuidar da mãe que se encontrava doente, é uma pessoa muito carente que dificilmente se locomovia para diferentes locais, esperava sempre seu parentes vê-la, não escreve cartas nem utiliza o telefona até hoje, disse que lê pouco apenas os cânticos da igreja e Bíblia, fala que a escrita não faz falta, pois já esta velha. Relata que graça a Deus ainda consegue fazer as coisas que ela gosta: Ir para igreja e conversar.(parte dessa conversa não foi gravada porque estava muito tímida e com “medo”).

Unknown disse...

Nome: Fernanda Aleixo de Oliveira RA 0813721
Curso: Alfabetização e Letramento.
Tema: A Escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação.
O artigo novas praticas de leitura e escrita na cibercultura, aborda sobre conceito de letramento, confrontando a tecnologia. Sabemos que letrar significa ir além das palavras, compreender e interpretar o mundo, ou seja, o “letramento focaliza os aspectos sócio-historico da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade”. Pensando a escrita em tempos de novas tecnologias em especifico o computador temos grandes mudanças na forma de pensar ou aprender em relação à escrita. Através dessa nova tecnologia o ato mecânico de digitar um texto tende a acompanhar a criação e a elaboração deste mesmo texto acrescentando, interrompendo ou eliminando frases num ritmo muito próximo ao ritmo do ato de pensar, bem diferente da Idade Média que era manuscrito. “No texto eletrônico, a distancia entre autor e leitor se reduz, porque o leitor se torna, ele também, autor, já no texto impresso e grande a distancia entre autor e leitor”, sendo o texto eletrônico uma escrita mais social e compartilhada.
Já no filme narradores de Javé ressalta a oralidade através dos contadores de historias e sua luta e dificuldade com a escrita, de registrar os acontecimentos dessa maravilhosa terra, surgindo essa necessidades de usar a escrita para salvar a terra de uma ameaça concreta de inundação, tendo dificuldade de colocar no papel a historia e memória do povo, pois a escrita e universal, porém com características pessoais.
Com relação à escrita indicada nesses dois textos citados, percebi que a escrita para a entrevista dona Ruthi de 79 anos, não tinha muito valor em seu meio social - família, como no inicio no filme narradores de javé, tornou-se importante a partir de sua necessidade. A entrevistada estudou até o quarto ano e parou para cuidar da mãe que se encontrava doente, é uma pessoa muito carente que dificilmente se locomovia para diferentes locais, esperava sempre seu parentes vê-la, não escreve cartas nem utiliza o telefona até hoje, disse que lê pouco apenas os cânticos da igreja e Bíblia, fala que a escrita não faz falta, pois já esta velha. Relata que graça a Deus ainda consegue fazer as coisas que ela gosta: Ir para igreja e conversar.(parte dessa conversa não foi gravada porque estava muito tímida e com “medo”).

Patrícia disse...

A escrita em tempos de novas tecnologias da comunicação.

Historicamente a escrita pode ser considerada uma das maiores conquista da humanidade. Com a descoberta da escrita, os indivíduos puderam aprimorar sua comunicação, que antes eram feitas através da oralidade e desenhos, para fazê-las no papel.
O filme “Os Narradores de Javé”, relata a história de um povo que descobre sua história e na tentativa de preservá-la, seus habitantes por não saberem ler, recorrem a um escriba, que não age da maneira esperada por todos, levando-os assim, a perceber que os relatos orais são diferentes do escrito.
Com as diversas transformações ocorridas na escrita, atualmente a nova tecnologia centrada na cibercultura, vem promovendo um novo tipo de letramento. O letramento que conduzem as práticas de leitura e de escrita diferentes da quirográficas e tipográficas (Magda Soares), pois através da tela do computador, o leitor tem a possibilidade de ler vários textos (hirpetexto), ter acesso às informações e conteúdos on-line (visualização instantânea).
Como em todos os períodos da evolução humana, há grandes contradições, haja vista que, mesmo com as tecnologias evoluindo numa rapidez impressionante, nos deparamos com muitos indivíduos que estão na condição de analfabetos ou de analfabetos funcionais.
Na entrevista com a Dona Valdite, uma senhora de 68 anos, migrante do estado de Alagoas, residente em São Paula a mais de 40 anos, é possível perceber, que mesmo com todas as tecnologias, inclusive a da cibercultura, muitos indivíduos não têm acesso à cultura de papel.
Ela relatou a impossibilidade de estudar em sua terra natal devido às condições da época (trabalho na roça, incompreensão dos pais em relação aos estudos, se preparar para ser esposa/mãe, etc) e quando veio para São Paulo, seu foco ficou voltado para criação dos filhos e no trabalho.
Através do seu depoimento, expôs como a leitura e a escrita fizeram e fazem falta em sua vida.
Assim como a Dona Valdite, milhares de pessoas não conseguem apropriar-se da leitura de papel, quem dirá a da cibercultura.
Tecnologia hoje e sempre, porém sem ignorar o antigo, e que as inovações possam abranger a diversidade e as necessidades dos indivíduos.

Dimas Jr disse...

A escrita em tempos de novas tecnologias

Aluno: Carlos Mitsuo Ohya
RA : 0913688 Pós Alfabetização e letramento turma E

O contexto social atual no qual as midias digitais dominam o comunicação entre pessoas com diferentes objetivos nas suas interações geraram novos tipos de textos, novos tipos de interações e novos tipos de exclusão. O que ainda permanece é a necessedade de ser alfabetizado e letrado para utilizar bem essas novas midias. Antigamente as informações tidas como academicas circulavam pelo suporte de livros e revistas academicas e não ser alfabetizado excluía tal pessoa de ter acesso àqueles conhecimentos. Com algumas políticas públicas que visavam diminuir o analfabetismo muitos passaram a ler e a participar mais nas interações sociais porque agora dispunham de mais uma ferramenta para comunicação social. E passaram a ter acesso a livros e revistas. Mas agora temos o hipertexto, com suas características e suporte próprios (que não são baratos e acessiveis a todas as classes sociais) pois não é em todo lar brasileiro que se encontra um computador que está conectado a rede mundial de computadores, o que causa a exclusão digital de um número de pessoas. Não vou entrar no mérito da discussão sobre como acabar com essa distorção social ou no mérito das causas políticas que causam essa exclusão digital, mas falarei sobre as consequencias de não se ter acesso as midias digitais e aos hipertextos que circulam pela rede.

Dimas Jr disse...

Continuação do comentario que está ACIMA


Recentemente entrevistei um homem que foi alfabetizado a três anos atras e já tinha 70 anos e trabalhou a maior parte da sua vida como jornaleiro. Ele me falou de como era trabalhar em um local que estava cheio de informações escritas e ele não podia acessa-las pois não sabia lê-las. Me contou como fez para aprender a andar de ônibus e ir nos grandes jornais para comprar os jornais que revenderia sem saber ler o itinerário do ônibus; ele seguia outro jornaleiro. Essa foi a forma de se locomover pelo centro da cidade até aprender os caminhos.
As revistas e os jornais traziam imagens que ele decodificava bem e assim ele fazias as conexões com as noticias que ele ouvia no radio e na televisão. Ele me relatou que não lia os jornais mas os foleava e sempre assistia ao noticiario da televisão; jornal Nacional e outros telejornais. Assim ele criava as conexões sobre o que via e o que ouvia. Só depois de aposentado ele pode estudar e participar do mundo letrado. E se engana quem pensa que ele apenas lê. Na minha entrevista ele revelou que adora mesmo é escrever... poesias, muitas poesias ele guarda com ele. Das mais diversas inspirações e temas. Agora este senhor está sendo mais uma vez marginalizado pela produção cultural que foca apenas as midias digitais ou que circula apenas em hipertextos, como exatamente é este texto aqui.
Fazendo uma analogia ao filme narradores de jave, onde um homem era o escriba daquela vila e também o leitor para aquelas pessoas, eu fiz o papel de escriba do meu entrevistado colocando a estoria de vida dele numa midia digital(no caso do filme o suporte para as estorias de vida seria um livro) e de leitor quando levo as perguntas da entrevista que foram propostas por uma pessoa que se comunicava a mim por meio da internet, através de sites de relacionamento de acadÊmicos de determinada instituição de ensino superior. Assim como no passado, este senhor acaba tendo algum contato indireto com as novas midias digitais e vai se familiarizando com os suportes e linguagens próprias desses tipos de textos. Apesar de ser um analfabeto digital, já começa e iniciar a compreensão de alguns conceitos dessa tecnologia que permite a interação de pessoas, que permite o uso do computador e da leitura com diferentes objetivos, seja ler um poema(coisa que ele tanto gosta) seja bater papo, seja buscar informações sobre determinado assunto ou ser bombardeado por informações de assuntos diversos. Notamos que a fala de Olson continua valendo para os dias de hoje quando diz que a aprendizagem da escrita está condicionada ao tempo, ao lugar e as corfomidades sociais no qual o sujeito está inserido.

Dimas Jr disse...
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